27 de fevereiro de 2012

Publicado edital para eleições do Conjuve para o biênio 2012/2013

O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) publicou nesta quinta-feira (9/2), no Diário Oficial da União, o edital de convocação da Assembléia de Eleição dos representantes da sociedade civil que vão compor o colegiado no biênio 2012 e 2013. O Conselho é constituído por 60 membros, entre titulares e suplentes, sendo 20 representantes do poder público e 40 representantes da sociedade civil. As inscrições devem ser feitas até o dia 5 de março, mediante o preenchimento de formulário específico, disponível no site www.juventude.gov.br/conjuve ou solicitado pelo email eleição.conjuve@presidencia.gov.br. 
Ao acessar o formulário no site, o interessado deverá preenchê-lo e, ao final, clicar na opção ENVIAR, para que os dados já sejam computados pela comissão responsável pelo processo. Mesmo assim, é necessário imprimir o formulário, assinar e enviar para a Secretaria-Executiva do Conjuve, no endereço SCES, Trecho 2, Lote 22, Edifício Tancredo Neves, 2º andar, Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília-DF, CEP 70200-002. É importante lembrar que o dia 5 de março é a data limite para postagem do formulário nos Correios, via Sedex.
Como a eleição destina-se aos membros da sociedade civil, poderão se candidatas movimentos, associações ou organizações da juventude de atuação nacional; fóruns e redes de juventude, além de entidades de apoio às Políticas Públicas de Juventude. Cada organização concorrerá a uma única cadeira e somente em uma das três categorias previstas.

Acesse os documentos, formulários e o calendário completo do processo de seleção

3 de novembro de 2011

Comunicar para estigmatizar ou para Libertar?




A juventude vive diariamente uma exposição televisiva que tenta categorizá-la como problema para a sociedade. O problema é que não tomamos consciência que é essa juventude quem mais sente a violência, enquanto vitimas ou protagonistas da exposição diária apresentada nos noticiários da TV, comumente associada a uma imagem negativa. 

O que a mídia cearense deveria aprofundar é o entendimento do que leva a uma sociedade, a exemplo da fortalezense, a viver uma situação diária de violência, antes de utilizar esses casos simplesmente como recurso de audiência. Os veículos de comunicação deveriam estimular a reflexão social de dados como os seguintes, apontados pela pesquisa Retratos da Fortaleza Jovem que diz que 56,7 % dos jovens de Fortaleza já perderam amigos ou parentes em mortes violentas e trágicas. Essa juventude vitimizada pela violência, como aponta a pesquisa, é essencialmente negra, pobre e do sexo masculino, ainda que tenhamos muitos casos de violência doméstica contra as mulheres jovens. É preciso entender que a simples exposição desses casos, sem a mínima reflexão ou aferição, novamente vitima a juventude, uma agressão com dotes de crueldade, injusta (do ponto de vista legal) e estereotipada, muito comum aos “programas policiais”. Nem o Estatuto da Criança de do Adolescente – ECA, é respeitado, no que diz, nas disposições preliminares do Art. 5º, que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

Nesse sentido, expressamos mais uma vez à sociedade e aos órgãos públicos e privados relacionados ao campo da comunicação, nossa preocupação com o conteúdo dos programas policiais veiculados sistematicamente em nossa capital, que servem como instrumento para estigmatizar jovens. Ao invés de colaborarem com a solução do problema da violência, acabam por dificultar as estratégias de "re-inserção", praticadas na ação da sociedade civil organizada e dos governos.

Portanto, a juventude organizada de Fortaleza repudia essa apresentação deprimente do grupo e enquanto Conselho Municipal de Juventude – CMJ continuará buscando impulsionar transformações sociais coletivas e individuais na vida dos (as) jovens de nossa cidade, a partir da implementação das políticas publicas de juventude.

Com efeito, lançamos essa nota como forma de alertar os Programas de TV Policiais e autoridades competentes, com o intuito, de debater o tema “Juventude e Segurança Pública em Fortaleza”, combatendo formas de extermínio televisivo, tendo em vista a construção de uma postura transformadora frente ao problema.

Precisamos trabalhar numa ação conjunta: sociedade civil, poder público e veículos de comunicação para diminuição da letalidade juvenil. O primeiro passo para essa transformação é a valorização da juventude nos espaços midiáticos, assim como a inclusão destes como parceiros na divulgação dos seus trabalhos e ações, para a efetivação de fato, de sua apresentação enquanto sujeitos e cidadãos.


                                          Conselho Municipal de Juventude de Fortaleza

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